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A história revolucionária e devastadora do plástico!

Por volta de 1869, o americano John Wesley Hyatt, para substituir o marfim na fabricação de bolas de bilhar – esporte tão popular que já ameaçava a população de elefantes – descobriu um material a base de nitrato de celulose. A celulóide era formada por uma mistura de fibras de algodão com ácidos.


Mas foi há 100 anos que Leo Hendrik Baekeland criou a primeira resina totalmente sintética: a baquelita. Para criá-la, Baekeland dedicou-se a desenvolver um aparato que permitia controlar as variações do calor e da pressão na combinação de ácido carbólico (fenol) com formaldeído. Esses eram os grandes desafios para se fabricar uma resina plástica.

Foi apenas questão de tempo para o material ocupar o papel de destaque que tem atualmente: a produção mundial de plástico passou de 1,5 milhões de toneladas em 1950 para 265 milhões de toneladas em 2010 e 410 milhões de toneladas anuais em 2015.

Desde o início, o homem enxergou o seu potencial e investiu para aperfeiçoá-lo. Ao longo dos anos, pesquisadores identificaram mais possibilidades na variação das características de cada polímero.

Atualmente já existem plásticos produzidos até mesmo a partir de matérias-primas renováveis, como é o caso do chamado “plástico verde”, feito da cana-de-açúcar.

O problema é que a humanidade produziu ao longo desses anos oito bilhões de toneladas de plásticos, e apenas 2,3 bilhões foram reciclados, seis bilhões de toneladas foram parar em aterros, lixões e nos oceanos.

Os plásticos oceânicos estão afetando um número ainda desconhecido de espécies marinhas. Um estudo recente mostra que pelo menos quarenta por cento dos mamíferos marinhos e espécies de aves marinhas são afetados pela ingestão de plásticos inorgânicos. Resíduos de plástico matam até um milhão de aves marinhas, 100.000 mamíferos marinhos, tartarugas marinhas e incontáveis peixes a cada ano. O plástico permanece em nosso ecossistema por anos, prejudicando milhares de criaturas marinhas todos os dias (Conferência Marinha das Nações Unidas, 2017).

2. O plástico não se decompõe como outros resíduos orgânicos, mas se transforma em microplásticos que são facilmente confundidos por peixes e invertebrados como plâncton. O consumo de plásticos pelos peixes, capturados para alimentação humana, permite que os plásticos percorram nossa cadeia alimentar. As consequências para a saúde incluem a ingestão de poluentes cancerígenos que se ligam aos microplásticos.


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